Cristãos entre os mais de 1.000 mortos na Síria Ataques tiveram como alvo principal alauítas, cristãos e outras comunidades minoritárias Redação CPAD NewsDe Redação CPAD News11 de março de 20253 minutos lidos

Cristãos entre os mais de 1.000 mortos na Síria Ataques tiveram como alvo principal alauítas, cristãos e outras comunidades minoritárias Redação CPAD NewsDe Redação CPAD News11 de março de 20253 minutos lidos

                                                                 Foto: captura de tela/ Youtube

 

Confrontos mortais na Síria, entre as forças de segurança e os apoiadores de Assad, somam mais de 1.000 mortos, desde a última quinta-feira (6). Esta já é considerada a pior onda de violência desde a destituição do presidente Bashar al-Assad em dezembro de 2024.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), grupo de monitoramento de guerra, entre os mortos 745 eram civis e as outras centenas eram membros das forças de segurança ou militantes.

De acordo com o jornal britânico GB News, os ataques aconteceram nas regiões costeiras do país, e tiveram como alvo principal alauítas (grupo religioso ao qual Assad é associado), cristãos e outras comunidades minoritárias. Conforme indicações de relatórios, historicamente, as regiões sírias de Jableh e Baniyas abrigam cristãos e alauítas.

O GB News informou ainda que as tensões da semana passada foram fomentadas após uma emboscada em uma patrulha de segurança perto de Latakia por homens armados leais a Assad. Esse episódio teria desencadeado uma resposta das forças ligadas ao governo interino liderado por islâmicos da Síria.

O confronto intensificou ainda mais a migração da comunidade cristã local, que já havia diminuído durante a guerra civil de uma década na Síria. Com a atual onda de violência, milhares de alauítas e cristãos deixaram suas casas e foram em busca de refúgio na Base Aérea de Hmeimim, em Latakia.

Em uma publicação no X, o influenciador Ian Miles Cheong, mostra mulheres e crianças cristãs, drusas e alauítas sendo abrigadas pelos militares russos.


As facções islâmicas no poder enxergam os cristãos como “politicamente e ideologicamente alinhados com o antigo regime”, e os consideram como obstáculos ao estabelecimento de seu governo.

Em uma declaração conjunta, patriarcas das Igrejas Ortodoxa Grega, Ortodoxa Siríaca e Greco-Católica Melquita condenaram os atos de violência.

“Casas foram violadas, sua santidade desconsiderada e propriedades saqueadas — cenas que refletem nitidamente o imenso sofrimento suportado pelo povo sírio… As Igrejas Cristãs, embora condenem fortemente qualquer ato que ameace a paz civil, denunciam e condenam os massacres que visam civis inocentes e pedem o fim imediato desses atos horríveis, que estão em total oposição a todos os valores humanos e morais”, afirma trechos do documento.

“As Igrejas também pedem a rápida criação de condições propícias para alcançar a reconciliação nacional entre o povo sírio… Elas pedem esforços para estabelecer um ambiente que facilite a transição para um estado que respeite todos os seus cidadãos e estabeleça as bases para uma sociedade baseada na cidadania igualitária e na parceria genuína, livre da lógica de vingança e exclusão”, acrescenta declaração.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o cristão de ascendência judaica, Hananya Naftali, questiona sobre a humanidade do mundo, enquanto os cristãos na Síria vivem um massacre.

“Um civil cristão na Síria está clamando por ajuda enquanto a sua aldeia está sendo massacrada. As famílias estão sendo despedaçadas enquanto o mundo fica em silêncio. Onde está a humanidade?”, indaga Naftali.

Redação CPAD News/ Com informações Christian Post e Guiame

 

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